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Erros comuns ao utilizar amarrações e utensílios de carga

Em 2015, o CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito, apresentou a Resolução 552, com regras para melhor controle de amarração, para quem transporta cargas pelas estradas brasileiras.

Estas regras visam aumentar a segurança deste tipo de transporte e diminuir os acidentes causados pelo mau uso deste tipo de transporte.

Dessa forma, não é mais possível utilizar alguns tipos de materiais, no qual fora exigida a utilização de cintas, cabos de dura resistência ou cintas de extrema força.

O uso de corda sisal por exemplo, foi proibido e seu uso agora é restrito. Os veículos de carga com fabricação desde 1 de janeiro de 2017, já estão dentro da vigência das regras.

E os demais devem atender às mudanças a partir de janeiro de 2018, dos quais veremos como funcionam a seguir.

A importância do transporte para as indústrias

Como vimos, as cargas não poderão mais ser amarradas com corda e mosquetão. E sim, serão usadas apenas para segurar a lona de cobertura.

Para que elas sejam utilizadas com segurança, é necessário o uso de materiais mais resistentes, com no mínimo, o dobro de força de sustentação do peso da carga transportada.

Outro ponto importante da resolução, definiu que está proibido o uso de suportes e pontos de madeira ou metal de baixa resistência, mesmo que estejam fixados na carroceria do veículo.

Com a nova regra, é permitido apenas o uso do chassi do veículo ou qualquer outro que não foi mencionado.

Vamos ver como as normas foram definidas, atendendo cada tipo de veículo de carga. Com mudanças simples, é possível se adaptar e correr menos riscos também.

Veículos de transporte de carga fracionada

Algumas cargas não ocupam todo a capacidade do caminhão e por isso, são chamadas de fracionadas. Nesse caso, é essencial ter quatro locais de amarração em armações metálicas próprias, para esta função.

E elas devem ser feitas por meio de corrente de prata ou outro tipo de material adequado, além de cintas têxteis, cabos de aço em soquete para cabo de aço, por exemplo.

Uma dica importante para todos os tipos de carrocerias abertas, é tencionar a amarração no lado interno das laterais.

Veículos de carga indivisível

São consideradas cargas indivisíveis, aquelas que estão acima do peso e dimensões permitidas pelo CTB – Código de Trânsito Brasileiro e requer avaliações especiais em quesitos tais como:

  • Lotação;
  • Dimensão;
  • Estrutura;
  • Suspensão;
  • Direções apropriadas.

As regras da Resolução 522, não se aplicam a este tipo de veículo de carga indivisível. Porém os demais precisam e as formas de amarração permitidas são:

Cintas Têxteis

São cintas produzidas com material sintético em poliéster, com pouca elasticidade, mas com muita resistência para atritos e podem variar de largura entre 25 até 100 milímetros.

Vale prestar a atenção quanto a sua aparência, pois se apresentarem danos, como deformações, perfurações ou nós não devem ser utilizados.

Cabos de Aço

São ideais para serem utilizados em catraca fixa ou conjugados com cintas e correntes. Podem ser úteis também no uso de moitão para elevação de carga, por exemplo.

Correntes

As mais indicadas, sem dúvida, são as produzidas com aço, afinal, possuem altíssima resistência. Sua angulação deve ser de 80 graus.

Podemos citar também alguns tipos de amarrações para cargas, já que são inúmeras as formas possíveis para atenderem as necessidades dos caminhoneiros. Podemos destacar as seguintes:

  • Fixação envolvente (“tie-down”): neste tipo a carga, é impelida contra o piso do caminhão e isso adiciona maior capacidade;
  • Fixação direta em contenções características: auxilia a proteger a carga usando a estrutura do veículo, bem como, tanques e basculantes;
  • Fixação feita através de bloqueadores: esta técnica utiliza bloqueadores, que já estão na carroceria do caminhão e abrange os painéis traseiro e dianteiro ou até as laterais;
  • Fixação direta feita por algum dispositivo de fixação: nesse caso, a amarração é executada na estrutura do caminhão ou na própria carroceria, através de acessórios complementares como “locks de containers”, que são cintas de nylon, entre outros.

Vale ressaltar que as carrocerias feitas de madeira, por exemplo, precisam de material mais robusto, de alta densidade, o que demonstra mais resistência e segurança para o caminhoneiro e para os demais usuários de estradas brasileiras.

Outro ponto importante que deve ser notado, é quanto aos fixadores, que devem ser metálicos e de alta resistência, pois somente dessa maneira haverá o suporte necessário para levar as cargas.

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