Indústria

Importantes componentes do ramo hidráulico

Válvulas de segurança, também denominadas pressostatos, são inclusão obrigatória em projetos de equipamentos que operam pressurizados, a começar pelos compressores, prosseguindo em todos os tipos de caldeiras.

Além de operar constantemente pressurizados, pressostatos contêm dispositivos acionados por molas: nos dois casos, componentes estão sujeitos a fadigas, seja térmica ou mecânica.

Assim, por se tratar de itens que devem salvar vidas e minimizar prejuízos, já se tornou norma, periodicamente, executar a Calibração de valvulas de segurança.

Consiste em conferir o disparo na pressão nominal, o que possivelmente nunca ocorreu no equipamento, mas que está sujeita a não funcionar quando a pressão limite ali chegasse, e gerar um acidente de proporções imprevisíveis.

Caso a válvula admita recalibragem (se necessário), pode ser reinstalada no equipamento, caso contrário, a substituição é um preço mais que acessível para se ter segurança operacional.

Válvulas de globo

O nome genérico Válvula globo se deve ao formato globular destas válvulas. Caracterizadas pelo desvio no duto de vazão, assegura alta estanqueidade após o fechamento, e baixos índices de desgaste tanto no obturador quanto nas cavidades.

Em contrapartida, o índice de perdas de pressão é considerável, e deve ser incluso nos cálculos da vazão. Esse tipo de válvula tem transição de aberta para fechada (e vice-versa) bastante rápida, se comparada às valvulas gaveta, embora seja indicada como elemento de controle de vazão ou pressão.

O acionamento pode ser manual (via volante ou alavanca), via pedal, ou associado a servomecanismo elétrico, pneumático ou hidráulico.

Válvulas acionadas eletricamente

Também denominadas valvula solenoide, compõem uma gama de aplicações acionadas remota ou semiremotamente. Neste repertório, são inclusas as válvulas normalmente fechadas, as normalmente abertas, as de três vias, e as biestáveis.

Estas últimas geralmente permanecem no último estado quando a energização cessa, mas nada impede de se projetar um circuito que “reserve” um pequeno montante de energia, “perceba” a desenergização geral em processo, e use a reserva para trazer a válvula biestável para um estado predefinido, se necessário.

Galvanização

Geralmente, tubos e conexão metálicos, ligados a válvulas, caso sejam de “Ferro”, necessitam de acabamento superficial, para resistir à oxidação, proveniente do ambiente e do processo. Explica-se:

O Ferro é conhecido como o quarto elemento mais comum no planeta. No entanto, é praticamente impossível encontrar Ferro livre na natureza, devido ao seu potencial de oxidação, bastante baixo.

Assim, o que existe em abundância são os óxidos, ferroso e férrico. É o Ferro o que atribui coloração à “terra vermelha”, e forma a hemoglobina, que oxigena grossa parte da fauna existente no planeta.

Os óxidos formam a ferrugem: para usufruir do metal é essencial reverter a oxidação, uma operação denominada redução. Para reduzir o Ferro metálico, o minério que contém o óxido deve ser aquecido em altos fornos, em presença de carvão, a temperaturas superiores a 1200°C.

O que resulta do alto forno não é o Ferro (motivo porque foi posto entre aspas acima): é uma liga chamada aço Carbono, que tem um potencial de oxidação similar ao do Ferro. E atacado por água, condensada ou vapor em suspensão no ar (um índice de umidade considerado normal para seres humanos é de 60%), e diversos compostos químicos.

O processo de redução do aço Carbono já é conhecido há 3000 anos. Já a proteção para essa liga, chamada zincagem a fogo, só foi desenvolvida no final do século XVIII.

O Zinco, ao encapsular componentes de aço Carbono, isola-o, pois o potencial de oxidação do primeiro é bastante superior ao do Ferro, evitando a maioria das reações oxidantes.

A galvanização foi descoberta no início do século XIX, embora o processo tenha sido nomeado em homenagem a Luigi Galvani, biólogo italiano, que descobriu a eletricidade animal. O processo eletrolítico não se limita à aplicação de Zinco, permitindo aplicação de

  • Cromo;

  • Níquel;

  • Prata;

  • Ródio;

  • Entre outros.

Assim, para se interligar válvulas em processos que exijam tubulação metálica, o ponto de partida são tubos e Conexões Galvanizadas.

A evolução das válvulas seguiu um caminho lento, porém seguro. À medida que aplicações de vapor (autoclaves e bombas) foram sendo introduzidas, válvulas de alívio foram sendo criadas, para maior segurança operacional.

As válvulas como são conhecidas hoje, somente puderam ser desenvolvidas no início do século XX, mas alteraram profundamente a gestão de líquidos e gases.

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