Conheça 3 tipos de aço e as suas principais aplicações
A trefilação possibilita transformar barras de metal em fios. Para o aço, assim para outros metais e ligas, o processo se baseia em tração, resultando em aço trefilado. O produto é de fato de menor diâmetro, o que é compensado no comprimento.
Executado corretamente, com auxílio de matriz denominada trefila, resulta um produto com diâmetro uniforme, e propriedades mecânicas repetitivas, porém diferenciadas, como maior ductilidade, e menor resistência à alteração de forma.
A partir do aço trefilado, são viabilizados produtos tecnológicos, como cabos de alta flexibilidade, raios para rodas de bicicletas, cordas de instrumentos (cielo, baixo, violino) e fabricação de alambrados.
Aço carbono
Normalizado, o aço Carbono é também denominado aço sae 1020, e se aplica em praticamente tudo o que possa ser usinado, de engrenagens a tubos.
Os principais componentes que definem a liga são o Manganês (0,3 a 0,6%), o próprio Carbono (0,18 a 0,23%), traços de Fósforo e Enxofre.
Compatível com praticamente qualquer processo de soldagem, possibilita ser endurecida, se aquecido a 843°C (±28°C), e mergulhando a peça em água.
Denominado têmpera, o processo deve ser seguido de revenimento, espécie de recozimento que corrige os índices de tenacidade.
Aço prata
O aço prata recebe esta denominação por adquirir aspecto brilhante após processo de polimento.
Composto com traços de Cromo (1,45%), Carbono (1,05%) e Manganês (0,35%), resulta liga de elevada dureza e resistência contra desgaste, indicada para ferramentas de corte, como brocas e machos.
A têmpera pode ser obtida por aquecimento a um valor estimado em 830°C, seguido de banho em água ou óleo.
Ligas com Ferro
O ferro propicia ligas com diversos elementos, resultando em processos menos divulgados. São casos pesquisados, uma vez que metais fundidos quase sempre propiciam miscibilidade. Há informações de resultados com:
- Alumínio;
- Cobre;
- Prata;
- Ouro;
- Estrôncio;
- Bário.
Outras ligas com metais ou elementos menos usuais podem, eventualmente, resultar a partir de buscas em bases de dados abertas na Internet e entidades dedicadas, ou de pesquisas desenvolvidas em caráter particular ou governamental.
Liga Ferro-Alumínio
De fato, a liga Ferro-Alumínio pesquisada inclui Níquel, resultando em uma estrutura de baixa densidade, mostrando-se promissora para a substituição do Titânio, essencial para montagem de bicicletas, veículos (uso civil e militar), aviões e barcos.
Outras características notáveis, diferentes do Titânio, são o seu custo reduzido (cerca de 10% da alternativa), e a disponibilidade muito menos restrita.
Liga de Ferro e Cobre
As ligas testadas mostraram baixa miscibilidade, do Cobre no Ferro, e vice-versa. O acréscimo do Ferro ergue o ponto de fusão do Cobre, o que compromete a uniformidade da liga.
O que de fato se obteve com a mistura dos dois elementos pulverizados, foram componentes sinterizados, obtidos por aquecimento da mistura próximo ao ponto de fusão, e aplicando compressão.
Com o esfriamento, resultam componentes rígidos e coesos, mas que não são considerados liga.
Existe no entanto uma liga viável entre Ferro e Cobre, que é obtida pela exposição a teores de Fósforo e Zinco, resultando componentes de alta rigidez, assumindo funções de eletrodos em instalações elétricas.
Liga Ferro-Prata
Analisada a liga Ferro-Prata, foi observada condutividade similar à da liga Ferro-Cobre descrita anteriormente. O que de fato mostrou evolução foi a resistência à corrosão, testada em soluções de ácidos clorídrico e acético.
Liga Ferro-Ouro
Em condições normais, Ferro e Ouro não são miscíveis, mesmo quando fundidos. Notícias da obtenção dessa liga datam de 2010, e descrevem as partículas como tendo propriedades ferromagnéticas notáveis, cuja aplicabilidade é previsto viabilizar dispositivos de memória para uso em informática.
Ligas com Estrôncio e com Bário.[xi]
Tratando se todos de cátions, não se pode afirmar que as ligações do Ferro com o Estrôncio e com o Bário sejam iônicas.
O fato é que as duas ligas entram na composição dos ferrites, obtidos por sinterização, e usados como núcleos em fabricação de indutores e transformadores.
O fato é que ferrites são isolantes, o que possibilita evitar problemas comuns em núcleos metálicos, como as perdas resultantes de correntes de Foucault, que, além de sacrificar a eficiência dos circuitos, geram aquecimento, que pode ser danoso para os enrolamentos e para os componentes próximos.