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Os principais modelos de cabeamento

Embora a eletricidade fosse conhecida desde a Grécia antiga, registrada por Tales de Mileto, pode-se afirmar que tudo o que se observou sobre o assunto durante o século XVII tinha a ver com fenômenos transitórios. Tanto que a era da eletrodinâmica é descrita como tendo se iniciado com a pilha de Volta.

Foi com base nas primeiras pilhas, apresentadas no início do século XIX, que, pouco mais de três décadas depois, Samuel Morse apresentou o telégrafo.

Pode-se afirmar, sem muito exagero, que os telégrafos compuseram o primeiro cabeamento, dedicado à transmissão de dados. Mas, neste caso na transmissão de textos.

O sistema foi considerado tão efetivo que permanece em uso no Brasil até os dias de hoje.

Interferências

Desde o início das transmissões telegráficas, os operadores travaram contato com interferências entre linhas e, com as perturbações atmosféricas (relâmpagos).

A estas perturbações logo se somaram as instalações de energia elétrica, com a adoção do fornecimento para uso domiciliar. Na sequência, vieram os telefones e o rádio.

Podem ser considerados fatores de interferências, tanto externos quanto mútuos:

  • Descargas atmosféricas;

  • Transcepção de telegrafia;

  • Sinais de áudio;

  • Redes elétricas (domiciliares ou de transmissão);

  • Redes de telefonia e modems;

  • Sinais de radiodifusão;

  • Sinais de radioamadorismo;

  • Transcepção de dados;

  • Televisão a cabo;

  • Transcepção satelital

  • Transcepção celular.

Vale destacar que para o caso da Transcepção de telegrafia, considera-se a aglutinação das palavras em transmissão e recepção. Ela é usada sempre que a comunicação trafega nos dois sentidos.

Blindagens eletromagnéticas

O conceito de blindagem nos remete a Michael Faraday. Grande teórico da Física e do eletromagnetismo, Faraday não apenas concebeu os motores de tensão contínua e de tensão alternada, como teorizou e testou a gaiola protetora contra campos elétricos.

Cabo blindado , atualmente, é algo frequente em diversos ramos de aplicações, sejam de áudio, sejam de RF, sejam de transmissão de dados.

O telégrafo foi o primeiro equipamento a operar na chamada faixa de áudio. Um ruído elétrico que se manifestasse durante uma transmissão podia facilmente “mascarar” um ponto em um código, ou fragmentar um traço até ser confundido com um ponto ou dois, o que pode distorcer o significado de uma palavra ou frase.

Somente em 1880, foi patenteado o cabo coaxial, embora a variedade de aplicações tenha resultado em diferentes tipos, tanto para áudio, como para uso em RF, além de auxiliar no tráfego de dados por possibilitar uma transmissão simultânea desses dados.

Cabos coaxiais

Usados tanto em áudio como em vídeo, os cabos coaxiais são bastante efetivos contra intermodulações.

Em áudio, uma das primeiras fontes de interferência é exatamente a estereofonia.

Vale esmiuçar acerca da estereofonia para compreender algumas características do mercado radiofônico e de áudio.

Ela foi inventada na década de 1960 e possibilitou registrar dois canais de áudio independentes nos discos de vinil, que estava em uso intensivo na época.

O padrão se propagou para a gravação em fitas magnéticas, para a radiofonia em frequência modulada, para o padrão de áudio em CD e, mais recentemente, para a captação de áudio em plataformas PC e smartphones.

Separar adequadamente o canal esquerdo do direito é o princípio básica para se procurar recriar o ambiente acústico como existiu no momento da gravação da trilha sonora.

Para tanto, um dos cuidados dos audiófilos é manter blindadas inclusive as conexões entre cabos e consoles.

Um dos padrões mais bem sucedidos nesse intento é o do Cabo rca.

Esse padrão acabou prevalecendo para a televisão estéreo, estendendo-se posteriormente para transmissão de sinais de vídeo (demodulado).

Com o advento da televisão digital de alta resolução, que transita em conexões HDMI, aos poucos o padrão RCA tende a perder terreno no mercado televisivo.

Padrão USB

Nascido na década de 1990, o Barramento Serial Universal resultou de um acordo entre diversos provedores de hardware e de software.

Assim, de um padrão para trânsito de dados, a finalidade inicial do Cabo usb, o acesso passou a suprir energia para sustentar os periféricos e a acomodar modems e módulos de armazenagem, como pen drives e discos rígidos.

Composição de redes locais

O projeto das redes locais ganha o nome de Cabeamento estruturado, por meio do qual são dimensionadas e definidas as vias de acesso para servidores e serviços associados à telefonia.

Isso inclui a alocação de comutadores, roteadores e hubs, entre outros recursos, alimentados e alojados em bastidores.

Todo esse hardware visa organizar e padronizar a disposição dos acessos, que cumprem o padrão RJ45/Cabo utp. Isso, para atender a uma empresa de porte médio, que pode exigir – talvez – um total de 100 pontos.

As ligações do cabeamento são efetuadas de modo a possibilitar remanejamento simples, viabilizando expansibilidade futura, já previsível no projeto.

A sistemática possibilita operar com equipe de tamanho reduzido, que tem acesso simples e fácil para a identificação das ligações, resultado no Cabeamento estruturado.

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