Equipamentos

O maquinário e suas peças essenciais

O rolamento de esferas foi uma das engenhocas documentadas por DaVinci para a posteridade, considerando que a maioria de seus projetos dependiam de tecnologias que só viriam a ser dominadas séculos no futuro.

DaVinci deve ter percebido que os mancais existentes na época eram precariamente centrados, apresentavam atrito que dificultava a rotação e se revertia em calor, que apenas contribuía para o desgaste das peças móveis.

Embora um tipo de rolamento tenha sido patenteado na Inglaterra décadas antes, somente entre as duas Grandes Guerras foi considerado o Mancal de rolamento preço aceitável para sua inclusão em mecânica veicular.

Até então, os mancais vinham sendo montados apoiados em bronzinas, que trabalham sob lubrificação permanente.

De fato, a partir da abordagem científica da formulação do aço, em meados do século XIX, dezenas de ligas puderam ser especificadas, e, com a evolução do maquinário e dos tratamentos superficiais de componentes de aço.

Resultaram, no universo do rolamento, dezenas de alternativas, com roletes esféricos, cilíndricos ou cônicos, e versões blindadas, com lubrificação permanente.

Soluções para bobinagem e rebobinagem

Seja devido a problemas de ajuste entre os eixos e os tubetes, seja devido ao trabalho necessário para a substituição de eixos fixos, seja devido aos danos aos mancais resultantes das folgas mecânicas e a trepidação.

Eixo expansivo resultou uma solução versátil, estável, que sustenta a bobina durante a rotação, evitando danificar o tubete, que pode vir a ser reutilizado, impactando possível redução de custo para o produto, reduzindo necessidades de reciclagem e impactos ambientais.

Esse tipo de eixo consiste de aletas longitudinais retráteis, embutidas na estrutura do eixo, ortogonalmente á superfície cilíndrica: uma vez o tubete da bobina montado sobre o eixo expansivo, as aletas, dispostas em estrela (ao redor do eixo), saem da retração e expandem o raio do eixo, firmando o tubete concentricamente.

Sistema CAM

Durante anos, os sistemas CAD têm evoluído, migrando dos main-frames para os mini e microcomputadores, à medida que o poder de processamento destes aumentava geometricamente.

Finalmente, a perfeição em projeto precisou se refletir na produção, originando o CAM.

Junto com os motores de passo, os sistemas mecânicos necessitaram reproduzir no ambiente de usinagem o grau de ortogonalidade compatível com o existente nas telas. Estava aberto o espaço para aplicação da guia linear.

Controlado via computador dedicado, o equipamento CAM depende de instruções, que lhe permitam manipular a matéria prima adequada, e, de posse das ferramentas corretas, as movimente para obter os resultados previstos pelo CAD.

O computador que executa o CAD é de fato um equipamento de propósitos gerais. Já o CAM depende de instruções específicas.

Cabe ao CAD portanto gerar um arquivo contendo os códigos e as sequências que o CAM possa reconhecer, gerando um arquivo que possa ser carregado na memória do equipamento que executa o componente.

A grande vantagem do CAM é a segurança de que os componentes fabricados resultarão praticamente idênticos, dentro das tolerâncias exigidas, praticamente sem depender de intervenção ou competência humanas.

Controle de rotação

A conversão de energia ganhou impulso na década de 1970, com o lançamento de componentes de comutação em Silício:

  • Triacs

  • Diacs

  • SCRs

  • Mosfets

  • IGBTs, etc.,

viabilizando equipamentos de conversão de energia. Isso permitiu conjugar o inversor de frequencia à tecnologia dos motores trifásicos.

Menos precisos que os motores de passo, os motores trifásicos podem ser dimensionados com potências bastante superiores, possibilitando seu uso em operações mais estáveis, menos sujeitas a controle constante, embora seja possível variar sua rotação e, caso necessário, o sentido da rotação.

À semelhança de outros tipos de conversor, os inversores possibilitam controle de corrente, o que pode limitar a corrente de partida. Isto é interessante em diversos aspectos: é sabido que um motor.

No momento da partida, equivale a um curto circuito; com isto, ao partir, correntes muito superiores à nominal aparecem em todo o circuito, seja no estator.

Seja no coletor, sejam nas terminações, seja na instalação elétrica; um pico de consumo de energia incide na conta do usuário, e acaba gerando um torque brutal sobre o motor, sacrificando inclusive os mancais.

O inversor de frequência permite dosar essa corrente de partida, evitando sobrecargas e surtos sobre a transmissão do equipamento que depende do torque desse motor.

A produção mecânica muito tem se beneficiado da evolução da eletrônica.

Constantemente, a eletrônica introduz novidades não apenas nos processos, mas também nos produtos, modificando o modo como a população trabalha, se desloca, se comunica, e até como se diverte.

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