4 detalhes importantes sobre automação industrial
A indústria do presente se baseia em processos automatizados. Trata-se da chamada Indústria 4.0, que faz uso extensivo de dados, inteligência artificial e internet das coisas.
Contudo, no caso do Brasil, o uso de tais recursos ainda é restrito. Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que apenas 9% do parque industrial nacional usa a inteligência artificial.
Da mesma maneira, 19% usam sistemas integrados de engenharia, 11% os utiliza para controle da produção e 27% aplicam soluções por meio de sensores.
Estes números revelam que a automação ainda tem muito espaço para crescer no Brasil. Confira, a seguir, algumas informações importantes para se ter em conta antes de adotá-la em sua indústria:
Ela deve ser analisada antes de implantada
Ainda de acordo com as estatísticas da CNI, 54% dos negócios do ramo industrial que investem em automação o fazem com o objetivo de cortar custos. 50% têm como objetivo uma melhora na produtividade.
Por mais que a possibilidade de ambos os fatos se concretizarem seja real, a implantação da automação não é algo a ser feito sem pensar.
Afinal, o investimento necessário é grande: pode ser preciso adquirir desde itens pequenos e relativamente simples, como o autotransformador, até máquinas de grande porte e alto custo. Dependendo do ramo e da demanda que a empresa tem, pode ser que um gasto do tipo não se justifique.
Portanto, é preciso analisar a decisão com calma e racionalidade. Se possível – e necessário -, é interessante contar com os serviços de um consultor, que será capaz de guiar a empresa ao longo do processo.
A tecnologia computadorizada é fundamental
Informatização e indústria 4.0 andam de mãos dadas. Boa parte dos componentes responsáveis pelo processo de automação é comandada por um Controlador Lógico Programável (CLP).
Os controles, por sua vez, são baseados em uma linguagem de programação chamada Ladder.
A boa notícia é que é possível formular os controles com uma tecnologia relativamente simples: o arduino uno.
Trata-se de uma placa bastante compacta, que pode ser inserida e ajustada em uma máquina para, logo depois, ser inserida em outra, executando os comandos para os quais foi configurada.
Tudo isso acontece com base em duas linguagens da programação C e Wiring.
O que nem todos sabem é que a Ladder pode ser convertida em linguagens compatíveis com as usadas na configuração de uma placa de arduino.
Consequentemente, é possível configurar todo um sistema de automação industrial por meio de uma tecnologia simples e barata.
É preciso instalar sensores
Para que uma máquina possa funcionar de maneira autônoma, ela precisa receber instruções de como agir em cada situação.
Consequentemente, ela também tem que dispor de meios para saber qual é o estado dos componentes em seu interior, bem como da matéria-prima que está sendo processada.
Por conta disso, aparatos como o sensor de pressão, temperatura e de indução são fundamentais para um processo de automação industrial bem-sucedido.
Mas, não é só isso: esses acessórios também podem ser usados para evitar sérios acidentes na linha de produção. Por exemplo, por mais que um tanque com fluido em alta pressão tenha sido projetado para resistir a esta condição, ele também tem um limite.
Portanto, é fundamental que haja um medidor de pressão em seu interior: assim, será possível acionar uma válvula de segurança que impeça a explosão do recipiente.
É preciso ter atenção à voltagem
Boa parte do maquinário industrial funciona à base de eletricidade. Todavia, isso não significa que ele precise apenas ser conectado à tomada para funcionar: é preciso ficar atento a certas características da corrente. São elas:
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Sentido do fluxo da corrente;
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Intensidade da corrente;
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Tipo (alternada ou contínua);
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Efeito (luminoso, magnético ou químico).
Há, contudo, uma variável que é especialmente importante: a tensão. Usando a analogia de uma tubulação de água, ela seria a força com a qual a água se move pelos canos.
O grande problema é que, no Brasil, há dois níveis de tensão em circulação: 110 e 220V. Muitas vezes, elas se alternam dentro do mesmo estado, ou, ainda, do mesmo município.
A dificuldade é que, quando ela é insuficiente, a corrente não é intensa o suficiente para que o aparelho funcione. Se ela for forte demais, haverá sobrecarga, o que trará defeitos.
Portanto, é preciso verificar qual é a taxa no local onde a indústria está instalada. Se ela não for a ideal, um auto transformador pode convertê-la e garantir o bom funcionamento dos equipamentos.